quinta-feira, 19 de agosto de 2010

As revistas do demo

Não sou nada gaja a comprar revistas. Não tenho paciência para saber da vida das celebridades, simplesmente não me interessa. A minha mãe compra ocasionalmente e a única coisa que eu leio é o meu signo. Pronto vá, sou gaja na mesma! Mas neste último mês, impulsionada por boas razões, comprei três boas revistas e vou vos falar delas, pode ser que ainda vão a tempo.

A primeira foi a que se vai manter até ao dia em que findar, a Marketeer. Como já vos tinha dito, foi uma agradável surpresa para alguém que não lê revistas, encontrar uma em que todos os quadradinhos interessam ler. É fantástico demorar mais do que um dia a ler uma revista, pelo prazer de ler e saborear as redações, não ler na diagonal! A revista de Agosto explica porque desapareceram os insólitos Yorn. Tem a ver com uma nova imagem da marca, um reposicionamento, direccionado mais para a camada empresarial e núcleos familiares e não tanto centrado nos jovens (ó pra eu toda lançada a falar de posicionamento! Isto são horas a ler o "Posicionamento" de Al Ries, recomenda-se e subscreve-se!). Há uma peça sobre os festivais de Verão, basicamente tem a ver com a comparação entre os dias de Verão e a quantidade de festivais existentes. Fala de inúmeras outras coisas muito apetitosas de ler, tem sempre o produto e a campanha do mês e acho que todos os desgraçados da minha turma e do meu curso, deviam ler esta revista. De alguma forma macabra, sinto-me mais a fazer parte do rebanho ao ter uma revista de eleição.

A outra revista que comprei, na semana passada, foi a Visão. As crónicas do Ricardo Araújo Pereira, serão sempre boas pérolas. Não gostei nem um bocado de cerca de 40% da revista falar de política, que é algo que não aprecio, mas comprei-a graças à história da capa, que no final foi a única coisa de que realmente gostei. É política, política, política, uma crónica de um dos cromos que escreve para a Visão, política, história da capa, política, crónica e fim. A história da capa é algo que me fascina. São os segredos da história de Portugal. Como sou doida por história, contínuo à espera que me ofereçam a colecção de dvds do José Hermano Saraiva (não se riam, não estou a brincar!). Enquanto não ma oferecem, vou lendo tudo o que posso sobre o assunto. E a capa falava de desmistificar as histórias de Portugal. Descobri coisas interessantíssimas, como o facto de o rei D.Sebastião (que uma manhã destas aparece ali para as zonas de Sintra, que é onde há mais nevoeiro) ser um granda cromo que se estava bem a lixar para o facto de ser rei e que partiu para Alcácer-Quibir e por lá ficou, por se armar em esperto. O seu corpo nunca foi encontrado nem devolvido, por isso é que nós portugueses, que como sempre acreditamos no Pai Natal muito acima do facto de ele ser um ícone criado pelo departamento criativo da Coca Cola, continuamos à espera que ele volte, para o raio dos castelhanos não irromperem por aí a dentro a querer que a gente conduza Seats. Fez no dia 4 deste mês 432 anos que ele por lá ficou. Um corpo foi transladado para Lisboa, mas até hoje nunca foi confirmado que seria o seu. Vários tentaram provar que eram e que tinham sobrevivido à batalha, mas todos eles foram enforcados. Bem, tudo isto para dizer que acho que foi uma boa compra.

Finalmente, esta é que vai ser polémica, comprei a Playboy. Na capa da Playboy deste mês, vem uma senhora desnudada, obviamente, que me proporcionou uma das melhores noites de sempre. (UUHHHHHH). É a Dj Sexation. Em homenagem à sua apresentação musical em topless, na entrada da discoteca Gossip, pediram a mim e à minha amiga Marina para despir o soutien em troca de uma bebida grátis. Entrámos com o nariz torcido (e o soutien já vestido), mas a verdade é que quando ela subiu à mesa e começou a pôr som, ficámos maravilhados. EU saí da discoteca às 5 da manhã e desde há 3 anos para cá que isso é algo quase sobrehumano para mim. Comprei a Playboy não para ver os seus atributos, porque já tínhamos passado a noite a olhar para eles, mas para saber algo mais sobre ela, e se havia planos de voltar a Portugal. Mas a verdade é que só temos direito a vê-la despida, não há entrevista, não há história. Confesso que me deixou desiludida. Mas depois, comecei a ler a Playboy. É uma revista que tem um poder editorial brilhante. Fazem críticas de cinema, de jogos, de livros, as crónicas são brilhantes, tem uma entrevista a Woody Allen, e no geral, é uma revista boa de se ler, com umas quantas mamas e patarecas pelo meio. A proporção de mulheres nuas para coisas com interesse para ler é de 30/70. Confesso que adorei a cara da mulherzinha atrás do balcão da papelaria quando me viu com a Playboy na mão, mas a verdade é que é realmente uma boa revista!

Saudações da Anita

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Here comes the bride, ta ra ta ta

Hoje em dia todos dizem, incluindo os mais conservadores, que o casamento é algo já ultrapassado, que é apenas um papel e que não tem significado nenhum, para além de uma aliança na mão esquerda e de declarações de IRS conjuntas. Mas agora sinceramente, aqui que ninguém nos ouve (ou salvo seja, lê), quantas meninas não sonham toda a vida com o seu dia a atravessar o corredor por entre os convidados até chegar ao noivo sorridente, lá ao fundo e dizer "Aceito", seguido de um beijo e três quilos de arroz? Eu sonhei. E quero, porque acho que tenho direito, ao meu dia de me mascarar de frigorifico.

Não comecem já a esfregar as mãos a pensar que vão comer à pala! Não estou a fazer este post para anunciar nada, porque neste momento não tenho duas coisas cruciais: dinheiro e um pedido de casamento. Namorado tenho, mas também temos os dois mais um ano a trabalhar e a estudar e nessas condições prefiro esperar. Mas dei por mim a pensar. Nunca tinha pensado no que eu queria no dia do meu casamento, o tipo de vestido, as flores, os centros de mesa, a palete de cores, as recordações, a música. E olha comecei a pesquisar e a fazer escolhas. Criei um "Diário do dia em que me vou mascarar de frigorífico".

Já fiz a lista dos convidados que teria, que certamente não ultrapassarão as 100 pessoas, porque somos pobres e também porque as nossas famílias não são muito grandes. Comecei a pensar em recordações para as senhoras e retirei tantas ideias de um site, que vos vou dar o endereço para cuscarem tanto como eu tive a oportunidade de cuscar: http://www.marthastewartweddings.com/. Sim, Martha Stewart. Eu sei que ela é um bocadinho apanhada do clima, mas este site está muito completo, tem um fascículo chamado "Get Inspired" que dá vontade de sair a correr e ir casar, só para pôr em prática as ideias. Uma das ideias que eu escolhi, foi um pequeno caderno de memórias, com uma pequena frase incitanto à escrita, inspirada pelo nosso amor. Quando eu descobri a escrita, descobri-me a mim mesma e acho que todas nós temos cá dentro uma Florbela Espanca. Para os homens, um molho de brócolos. Sinceramente, não faço a mínima ideia. Todas as opções sao demasiadamente cliché. Se calhar ofereço-lhes uma edição da Playboy para se recordarem ao menos do mês em que casámos.

O meu vestido, quero que seja branco. Eu não sou virgem, sou leão, mas o meu namorado é e eu acho que isso também conta. Quero me casar de branco, desculpem lá a "ousadia", já que nos dias de hoje toda a gente se quer casar com cores berrantes porque o branco é "demode". Se calhar sou demode, mas nunca me imaginei a caminhar para o altar de rosa choque, no entanto é uma cor que uso com alguma frequência. Queria um tecido como tule, só para a parte da saia, gostava de vestir uma coisa bem alta na parte de baixo. Não gosto de caudas. Gosto de partes de cima espécie corpete, mas não sei se isso será uma hipótese não porno, devido ao tamanho do meu peito. Mas na altura se verá, por enquanto mantenho-me a sonhar. Véus...nem sei. Não sei mesmo o que pensar. Encontrei um site que diz que está na moda usar chapéus de côco, com aspecto "marital". An?

Bolo. Vou vos mostrar o que eu escolheria se tivesse de ser já. Adoro fondant. Adoro o formato dos bolos com fondant. O seu sabor, depende sempre dos pasteleiros, no entanto, ficam com um aspecto simples, mas "clean" e eu adoro isso. Este amarelo é o meu preferido. Adoro a simplicidade e o toque de loucura. Provavelmente o amarelo não fará parte da minha palete de cores para o casamento, mas acho que qualquer outra cor assim forte ficaria igualmente perfeita. O bolo de cupcakes é algo que começa agora a chegar a Portugal, mas que ainda não sei se me convenceu para bolo de casamento. Ainda tenho de pensar muito bem nisso. O sabor convenceu-me, o aspecto, não sei, acho-o muito empobrecido de valor. Finalmente, um que eu também gostei muito mas que novamente não escolheria as cores que foram escolhidas e nem a caligrafia com palavras sexualmente duvidosas. Gosto dos formatos diferentes mas misturados e de haver três hipóteses diferentes. Adoro as texturas, os diferentes contrastes. As cores, não me convencem, o preto então, não quero nem perto de mim e dos meus convidados nesse dia.

A fotografia. Se eu pudesse, ia de vez em quando trocar de roupa e metia-me a fotografar no dia do meu casamento. Tem tanta importância para mim, que vai ser, sem sombra de dúvidas aquilo que mais me dará trabalho a escolher, tem de ser único. Para mim, seria esta senhora : http://www.heatherwaraksablog.com/ infelizmente, ela mora em Brooklyn. Se eu tiver dinheiro nessa altura, escolho-a a ela, sem olhar para trás. Eu desafio-vos a ver apenas a primeira página do blog quando o abrem. E digo-vos antecipadamente, não são modelos. É um casal que a contratou para o dia do seu casamento. Depois aposto que vão voltar às primeiras páginas do seu blog e vão querer ver todas as fotos de casamento que ela fez. São maravilhosas. Deixam-nos completamente a flutuar. Ela vê beleza em coisas banais e faz da fotografia uma representação da postura e personalidade dos noivos. Eu apaixonei-me pelo trabalho dela.

Escolhi uma música. Se eu me vier a casar, quero entrar na recepção, vinda da igreja, com esta música:

Há tantas coisas mais que podia pôr aqui. Mas o meu "Diário" por enquanto tem apenas uns recortes. Espero que este pequeno post vos tenha posto a pensar no mesmo que eu. E que vos tenha posto a imaginar a caminhada até ao noivo sorridente. Desculpem-me todas as pessoas que não acreditam ou que desaprovam, mas eu quero casar.

Saudações da Anita


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Festarolas e os putos

Este fim de semana tive o prazer de visitar uma feira na Malveira que me recordou coisas adormecidas da minha infância e que gostava de partilhar com vocês. Possivelmente também vos recordarão das vossas, caso tenham tido, como eu, a sorte de passar sempre as férias de Verão na "terra" da família.

Um bom dia de férias de Verão, na Sertã, começava ás 8 da manhã. Sandes, Bongos, pacotes de batatas fritas, laranjas e o que mais houvesse, era tudo metido para dentro da mochila, juntamente com a toalha. Encontravamo-nos todos á minha porta, porque eu era a que morava mais perto, ou então no início da descida do escondidinho. O escondidinho tinha esse nome, na minha opinião (sem certeza), porque por detrás da fachada frontal de um antigo restaurante abandonado se escondia um caminho ingreme mas efectivamente mais rápido do que o alternativo para chegar à ribeira. Descíamos e pelo caminho apanhavamos algumas amoras das amoreiras que se estendiam para cima de nós e muitas vezes nos picavam. Chegando cá a baixo, tínhamos de atravessar duas comportas que eu hoje olho para elas e penso que era uma criança suicida mas nem tinha noção. Para terem uma ideia, os meus pézinhos com 13 anos, eram da largura das comportas, tinham cerca de um metro de comprimento, depois uma pedra de suporte que era o nosso descanso e mais uma igual, e enquanto as passavamos, a água vinha em grande velocidade e força empurrando-nos para uma queda de cerca de metro e meio direitinhos para o cimento. Mas passavamos lá como se nada fosse. Pousávamos as malas nas escadas ao pé da ribeira e atirávamos a roupa ao ar (que se lixasse o pó e a sujidade) e bora para dentro de àgua. Bombas, cambalhotas, pinos, roupas para dentro de água e peixinhos a mordiscarem-nos os pés eram coisas essenciais de um dia na ribeira.
Chegando à hora de almoço, não havia nada melhor do que nos sentarmos de rabo molhado nas mesas de madeira viradas para a ribeira, acompanhados da sombrinha das árvores. Comíamos a comida uns dos outros, partilhávamos tudo, ás vezes levavamos doces e uma fatia dava para 5 ou 6, dependendo de quantos fossemos. Da parte da tarde, ou dormíamos por lá deitados na relva, para acordar cheios de formigas e irmos a correr para dentro de água, ou íamos até a minha casa e víamos um filme até chegar a hora de fazer a digestão e voltarmos a correr lá para baixo. Chegando ás 7 horas, arrumavamos tudo para voltar. Mas não antes de subir à pia que era uma espécie de praxe. Tínhamos de subir por pedras que amuravam a ribeira numa das margens, cada vez que metíamos a mão saiam 4 ou 5 bixos. Só de pensar estou me a arrepiar toda. Mas quando chegávamos lá a cima, tínhamos uma sanita deixada por alguém de onde saltávamos a uma altura de 2 metros para dentro de água. Batíamos sempre com alguma coisa no chão, tentávamos sempre que fosse com o rabo ou com algo que não a cabeça. A água era pouco profunda para um salto tão grande. Mas para algo ainda melhor, subindo mais um pouco, tínhamos uma árvore, de onde eu nunca saltei, que muitos amigos meus subiam e que tinha o dobro da altura da pia. Quando somos miúdos que se lixe, parte-se? mete-se gesso e o pessoal todo assina que é fixe.
Mas no final de tudo isto, iamos a correr jantar para no máximo ás 21h estarmos a sair de casa. Cheguei a ir a pé algumas vezes, mas andar 40 minutos a pé, com os anos e com o peso no rabo a aumentar, começou a tornar-se isuportável, então pedia ao meu pai para nos levar a todos (muitas vezes iamos 7 e 8 no carro, uns ao colo dos outros e um ou outro no porta bagagens) à festa da senhora dos remédios, feita na terra com o mesmo nome. Nesta grande festarola, tínhamos sempre uma banda regional a tocar, cheiro a assados e a vinho, rifas, algodão doce e tudo isto junto era o pico máximo das férias, porque no resto do ano, não se passava mais nada por ali. Lembro-me, e dá me um aperto no estomago, de quando andavamos ás voltas à igreja, que era o centro do acontecimento, para ver se encontravamos o rapaz de quem gostavamos. Na altura das festas era quando havia mais hipóteses de andar de mão dada, de dar uns beijinhos inocentes numa das ruas por trás do adro, e todos os nossos coraçõezinhos palpitavam. Era tão divertido. Adorava comprar as rifas de 25 cêntimos, onde saíam os penicos mais elaborados que eu vi até hoje, utensílios de cozinha, vasos, potes, panelas, cadernos, canetas e bibelots. Este fim de semana comprei três rifas e saiu me um cacto, um saco com ervas secas para dar cheiro e uma mala de especiarias. Já não se fazem prémos de rifas como antigamente. Davamos 100 escudos por um algodão doce. Agora damos 2 euros e meio. Esta história da conversão é mesmo à velha, mas que se lixe, eu sinto-o na minha carteira, porque agora já não peço aos meus pais. Sinto tantas saudades destes dias de Verão, completamente preenchidos por coisas engraçadas e sempre na companhia de grandes amigos.

Saudações da Anita


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Zoo, lógico? No preço não é de certeza

Outra das coisas que fiz nestas férias foi visitar o jardim zoológico de Lisboa. Desde o dia 11 de Setembro de 2001 que não o visitava. Sim o 911. Estava a começar o show dos golfinhos quando ligou a mãe das raparigas que estavam comigo a dizer que tínhamos de ir para casa e de preferência agachadas porque tinham caído as torres gémeas nos Estados Unidos e a terceira guerra mundial ia estalar a qualquer momento. Parece que estou a gozar, não é? Mas não estou. Andei deste Sete Rios até Campolide agachada atrás de carros e com um passo acelerado com medo que caísse uma bomba ou algo parecido. Viva a inocência e a ignorância. Vamos todos por uma velinha em Fátima pela minha estupidez.

Achei o valor do bilhete um disparate, mas deliciei me com cada momento que lá estive. Os animais não estavam muito cooperativos, porque eu também fui escolher um mau dia para lá ir, estava um calor insuportável e os bichinhos estavam todos à sombrinha, alguns nem consegui ver. Ia morrendo no reptilário, por causa da humidade (já se me estava a formar bolores nas entranhas) mas fiz um amigo. Os miúdos empurravam- me mas ele vinha sempre ter comigo. Eu acho que tem alguma coisa a ver com o facto de eu ter ar de mãe. Se calhar também cheiro a mãe.

Vi o espectáculo dos leões marinhos e quando um deles veio comprimentar o público, apanhei-o numa pose muito gira. Se aumentarem a foto, vêm a expressão dele e está mesmo giro. O ferro teve de fazer parte da foto, porque cada vez que eu me levantava para me aproximar e fotografar vinha logo uma ranhosita chatear me a cabeça. Estava um calor infernal, só me apetecia ir a correr e mandar me para dentro de água. Então aquela cor azul é pouco apetitosa é.



Apresento-vos a minha futura afilhada. Ainda não é, porque vou esperar por Setembro para a apadrinhar. Apaixonei-me por ela. O Igor aproximou-se da jaula e ela veio ter com ele, quando eu me aproximei ela veio para ao pé de mim e não saiu mais, eu desviava-me e ela chegava-se para onde eu ia. As pessoas queriam tirar fotografias mas ela não me deixava sair da frente dela. Até festinhas lhe dei. Apaixonei-me por uma catatua. Isto dava um excelente nome para um livro ou um filme. Ó para nós tão apaixonadas a olhar uma para a outra. Não gosto de me repetir, mas os animais são realmente uma força da natureza que eu não consigo descrever. Continuo a não conseguir entender como há pessoas que lhes conseguem fazer mal. Eu por mim levava-a para casa, enrolava-a num cobertor, fazia-lhe meias e gorros de malha e passava o resto da minha vida a ouvi-la cacarejar ao meu ouvido.

Em compensação, este senhor aqui ao lado, que é um grou, todo o tempo que eu estive ao pé dele, tentou-me espetar me o bico. Aliás, vocês vêm pelo trombil dele que era extremamente simpático e afável e "Huggable".

Esta foto seguinte traz-me à memória uma música da minha infância - o pai Buda, tem muitos filhos, tem muitos filhos o pai Buda, eu sou um deles e tu também o és, oremos ao pai Buda. MÃO DIREITA! Pronto chega

Umas tartaruguinhas lindas no reptilário também fizeram uma foto muito bonita. espero que gostem




Bem, tudo isto para vos aconselhar vivamente a ir ao jardim zoológico de Lisboa. Há sempre coisinhas boas escondidas para irmos á descoberta e ver os animais é um óptimo relaxante natural. Sai se de lá com vontade de dar dinheiro a todas as instituições animais existentes e de levar três ou 4 tigres e leões (e catatuas) para casa.

Saudações da Anita

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ode ao Rui Carvalho

Por todos os segundos preciosos que tive a oportunidade de te ter na minha vida, escrevo-te esta ode que não vais poder ler, mas que eu sei que vais ouvir.

Numa fase da minha vida em que me sentia um verdadeiro patinho feio, entrei na Escola Secundária D.Dinis. Nesta escola fiz amigos, daqueles que quando o tempo afasta faz doer a sério. E foi quando te conheci. Lembrava-me de ti da escola básica, mas já na altura eras tão "fixe" que eu até tinha medo de me aproximar. Agora, na secundária, eras irmão de uma grande amiga minha, colega da mesma turma. Começámos a falar e rapidamente nos tornámos amigos, tínhamos músicas em comum, tínhamos filmes em comum e acima de tudo, tínhamos gargalhadas semelhantes, hábitos parecidos e personalidades sorridentes e afáveis. Um dia levaste a tua viola para a escola e tocaste enquanto eu cantava, com um público sempre presente, os nossos amigos. Parecia que tínhamos combinado. Era fantástico quando nos sentávamos os dois a fazer o nosso pequeno espectáculo e fazíamos parar "o trânsito". Melhor foi quando ficámos juntos nos balneários da competição inter-escolas que nos permitiu passar dias inteiros, com dispensa das aulas, a cantar, enquanto os jogos decorriam. Fizeram-me sentir que era realmente boa nalguma coisa, numa coisa muito boa. E inevitavelmente, comecei a gostar de ti. Aquele gostar de menina, de "ele é uma pessoa tão boa que era maravilhoso ter alguém assim" e quis-te só para mim, mas foi algo que em pouco tempo foi completamente suplantado pela amizade que sentia por ti, superior a qualquer sentimento confuso de adolescente com hormonas em sobressalto. Eras o meu melhor amigo, fizeste-me sentir que íamos poder cantar juntos para sempre, que iriam sempre haver novas músicas para ensaiarmos juntos e para ouvir os aplausos dos nossos amigos, que tanto gostavam de nos ouvir tocar.

Quando chegou a altura de acabares o secundário, veio o inevitável baile de finalistas. Todos estavam ansiosos por saber com quem iam, todos preparavam os seus melhores vestidos e fatos, os seus melhores sapatos, e eu nem queria saber, porque sabia que não ia ter um par. Eu sabia que ninguém iria querer ir comigo. E tu sugeriste irmos juntos. E prometo-te Rui, foi das melhores coisas que algum amigo fez por mim, em toda a minha vida. Senti-me tão bonita quando fui ter a tua casa e me viste, tão destrambulhada como sempre fui, de vestido e me disseste: "Estás linda, amoure!" E me abraçaste! Lembro-me de tirarmos as fotos e de te ver de fato e achar-te tão bonito, de adorar que o meu melhor amigo me estivesse a apoiar naquela situação única. Quando entrámos na escola, todos os nossos amigos ficaram contentes por ver que eu tinha encontrado um par, todos queriam tirar fotografias connosco e eu acho que se tivesse havido concurso de "Rei e Rainha" nós teríamos ganho. Eu senti-me feliz, fizeste-me muito feliz porque me ensinaste a acreditar em mim. As lágrimas caem me pela cara por me recordar do bem que me fizeste, da felicidade que me trouxeste só por seres quem eras. Eras verdadeiro, eras meu amigo de verdade e apoiaste-me em todas as situações, fizeste-me sentir que era bonita quando sofria com enormes depressões por não o conseguir ver em mim e fizeste-me acreditar que os patinhos feios também podem ter amigos em pessoas que são completamente fora do seu mundo, quando os corações são puros, não é o exterior, mas sim o interior que conta.

Não aceito que partiste. Principalmente não aceito que tenhas partido da maneira que partiste. Nem um ano antes encontrámo-nos, depois de já largos anos sem nos conseguirmos ver e tocámos e cantámos toda a tarde no jardim, enquanto me falavas da tua namorada e eu te falava do meu e nos ríamos dos velhos tempos e dos nossos concertos improvisados na escola. Estava tudo na mesma, era como se tivessemos estado juntos na escola no dia anterior.

Quando o Plácido me ligou e me disse o que se tinha passado contigo, o meu coração gelou. As lágrimas caíam impiedosas e durante duas semanas, não quis ver ninguém, não te consegui ir ver e nunca vou ter maneira de te pedir desculpa por não me ter despedido de ti. Mas sabes, eu ainda não me sinto preparada para me despedir de ti. Continuo à espera que me ligues, continuo a sentir que vamos cantar e tocar juntos um dia destes. E recuso-me a aceitar que o mundo ficou sem ti, isso nunca vou aceitar. Parece mentira que está perto de fazer dois anos que não falo contigo, que não te envio um link de uma música pelo youtube para ouvires e ensaiares para cantarmos quando nos encontrarmos. Penso sempre em ti quando ouço as músicas que cantávamos, a Michelle da Anouk então, eu evito mesmo, porque me leva às lágrimas de todas as vezes. Vou continuar a acreditar que o que nos separa é apenas o tempo e não os mundos em que estamos. Vou olhar de vez em quando para o telemóvel para ver se tenho uma mensagem tua a agradecer a música que te enviei. E vou sorrir para as estrelas a saber que uma delas és tu, mas a fingir que estás simplesmente noutro sítio a sorrir para elas também.

Unforgettable, that's what you are
unforgettable, though near or far...

Saudações da Anita

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Figueira...Figueira da FOZZZZZZ

Olá meus queridos!

Vou começar por vos falar da Figueira da Foz, dos sítios que visitei por lá e dos que acho que devem visitar, ou por outro lado, evitar. E infelizmente, tenho bastantes. Pelos vistos, na Figueira da Foz, em alguns dos estabelecimentos de atendimento ao público, um dos requisitos mínimos é não ter qualquer educação, ou consideração pelo cliente. E isso dá-me umas valentes urticárias.

Fiquei numa zona muito bonita, chamada Buarcos, o que me permitiu fugir do movimento e do barulho característico dos meses de Verão na Figueira da Foz. Ainda ouvia o batuque da música dos carrinhos de choque da feira, mas nada que uma grande pedrada de sono não obstruísse. Numa das noites fomos até lá, e após a minha mãe e a minha avó terem feito uma tatuagem de henna (grandas malucas), eu encontrei uma pérola. Música ultra sonora? Que espectáculo mega espectacular. Fiquei toda cheia de impressionamentos!


Na manhã seguinte fomos ao mercado da Figueira. Lugar de constantes festarolas, onde a banda filarmónica irrompe de repente e mete toda a gente a dançar, onde cheira a flores frescas e a peixe fresco e onde se compram aquelas coisas bonitas como as toalhas de mesa bordadas à mão e as toalhas de praia com gajas com as mamas à mostra. E eis que, encontro mais uma bela pérola. É frangamente bom. Que grande ideia. Nada calculada. Isto parece me uma verdadeira jóia das tag lines publicitária que merecia uma patente e um prémio Clio! Mas isto sou só eu a dizer...


No dia do meu aniversário fomos até à Costa Nova. Eu nunca lá tinha ido, é engraçado, mas não faço grandes tenções de lá voltar. No entanto, após termos saído do restaurante D.Fernando, onde nos serviram queijos frescos verdes (deviam de ter vergonha, tendo em conta o valor que pediam pelas refeições), encontrei mais uma pérola, desta vez uma feita de bolacha americana. Eu não costumo ser uma pessoa esquisita, mas pelo menos acho que não comeria a bolacha americana do Zé da Tripa. Primeiro, porque é que ele decidiu dar o nome de "Zé da Tripa" ao quiosque? Segundo, porque não "Zé da bolacha"? Terceiro, haverá alguma história macabra por detrás disto? Terá ele um talho onde corta carne e faz bolacha americana? São muitas perguntas sem resposta. Eu continuo a preferir as que se vendem na praia, ou melhor, as que se vendiam até a ASAE destuir mais uma tradição do nosso país.

Por hoje é tudo, amanhã conto vos a minha visita a Coimbra e a Aveiro e mostro vos mais umas fotos ;)
E voltem amanhã! Frangamente!

Saudações da Anita

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Chegueiiiii

Depois de semanas refugiada deste mundo paralelo que é o dos blogs e dos facebookers, voltei! Um bocado mais bronzeada e com vontade de chorar porque estou novamente no escritório com o ar condicionado virado para as ventarolas e porque tive um episódio "Men in Black" no comboio a caminho. Estava eu sentada nas escadas do comboio virada para duas senhoras nas cadeiras mesmo em frente e eis que, no momento em que saímos do túnel que vai do Pragal até à ponte 25 de Abril, ambas tiram os seus óculos escuros de dentro das respectivas malas e os colocam na cara ao mesmo tempo. Óculos iguais. Por instantes pensei que fossem retirar um instrumento fálico e metálico de dentro de uma das malas e que eu durante o resto da viagem achasse que era um perú e andasse a fazer gobble gobble de cócoras pela carruagem fora. Mas não. Se bem que ainda espreitei por cima do meu livro umas 3 ou 4 vezes, just in case.

Nos próximos dias vou vos trazer as melhores fotos das minhas férias. Passei pela Figueira da Foz, Aveiro, Mira, Coimbra e andei a explorar Lisboa nos últimos dias. Quero vos mostrar tudo e contar tudo...a partir de amanhã! Porque apesar de ter estado ontem até às duas da manhã a passar as fotos dos cartões de memória para a minha pen, esqueci me da pen encaixada na slot do computador. Ser inteligente é assim, tem alturas que é muita informação para um só hard drive.

Tenho tudo para vos mostrar, desde mensagens de pistas de carrinhos de choque, a araras, a mortos (muahahahaha). Aguardem e visitem-me amanhã.

Descobri também que adoro Nora Roberts...e que adoro Al Ries. Li 3 livros dela e estou a ler agora o 2º livro dele, que na realidade foi o primeiro que ele escreveu, com Jack Trout. Não consigo parar de ler. Agarrem-me.

Bem, estou desejosa de vos começar a contar as minhas histórias, acompanhadas de fotos, por isso, até amanhã!

Saudações da Anita