quinta-feira, 19 de agosto de 2010

As revistas do demo

Não sou nada gaja a comprar revistas. Não tenho paciência para saber da vida das celebridades, simplesmente não me interessa. A minha mãe compra ocasionalmente e a única coisa que eu leio é o meu signo. Pronto vá, sou gaja na mesma! Mas neste último mês, impulsionada por boas razões, comprei três boas revistas e vou vos falar delas, pode ser que ainda vão a tempo.

A primeira foi a que se vai manter até ao dia em que findar, a Marketeer. Como já vos tinha dito, foi uma agradável surpresa para alguém que não lê revistas, encontrar uma em que todos os quadradinhos interessam ler. É fantástico demorar mais do que um dia a ler uma revista, pelo prazer de ler e saborear as redações, não ler na diagonal! A revista de Agosto explica porque desapareceram os insólitos Yorn. Tem a ver com uma nova imagem da marca, um reposicionamento, direccionado mais para a camada empresarial e núcleos familiares e não tanto centrado nos jovens (ó pra eu toda lançada a falar de posicionamento! Isto são horas a ler o "Posicionamento" de Al Ries, recomenda-se e subscreve-se!). Há uma peça sobre os festivais de Verão, basicamente tem a ver com a comparação entre os dias de Verão e a quantidade de festivais existentes. Fala de inúmeras outras coisas muito apetitosas de ler, tem sempre o produto e a campanha do mês e acho que todos os desgraçados da minha turma e do meu curso, deviam ler esta revista. De alguma forma macabra, sinto-me mais a fazer parte do rebanho ao ter uma revista de eleição.

A outra revista que comprei, na semana passada, foi a Visão. As crónicas do Ricardo Araújo Pereira, serão sempre boas pérolas. Não gostei nem um bocado de cerca de 40% da revista falar de política, que é algo que não aprecio, mas comprei-a graças à história da capa, que no final foi a única coisa de que realmente gostei. É política, política, política, uma crónica de um dos cromos que escreve para a Visão, política, história da capa, política, crónica e fim. A história da capa é algo que me fascina. São os segredos da história de Portugal. Como sou doida por história, contínuo à espera que me ofereçam a colecção de dvds do José Hermano Saraiva (não se riam, não estou a brincar!). Enquanto não ma oferecem, vou lendo tudo o que posso sobre o assunto. E a capa falava de desmistificar as histórias de Portugal. Descobri coisas interessantíssimas, como o facto de o rei D.Sebastião (que uma manhã destas aparece ali para as zonas de Sintra, que é onde há mais nevoeiro) ser um granda cromo que se estava bem a lixar para o facto de ser rei e que partiu para Alcácer-Quibir e por lá ficou, por se armar em esperto. O seu corpo nunca foi encontrado nem devolvido, por isso é que nós portugueses, que como sempre acreditamos no Pai Natal muito acima do facto de ele ser um ícone criado pelo departamento criativo da Coca Cola, continuamos à espera que ele volte, para o raio dos castelhanos não irromperem por aí a dentro a querer que a gente conduza Seats. Fez no dia 4 deste mês 432 anos que ele por lá ficou. Um corpo foi transladado para Lisboa, mas até hoje nunca foi confirmado que seria o seu. Vários tentaram provar que eram e que tinham sobrevivido à batalha, mas todos eles foram enforcados. Bem, tudo isto para dizer que acho que foi uma boa compra.

Finalmente, esta é que vai ser polémica, comprei a Playboy. Na capa da Playboy deste mês, vem uma senhora desnudada, obviamente, que me proporcionou uma das melhores noites de sempre. (UUHHHHHH). É a Dj Sexation. Em homenagem à sua apresentação musical em topless, na entrada da discoteca Gossip, pediram a mim e à minha amiga Marina para despir o soutien em troca de uma bebida grátis. Entrámos com o nariz torcido (e o soutien já vestido), mas a verdade é que quando ela subiu à mesa e começou a pôr som, ficámos maravilhados. EU saí da discoteca às 5 da manhã e desde há 3 anos para cá que isso é algo quase sobrehumano para mim. Comprei a Playboy não para ver os seus atributos, porque já tínhamos passado a noite a olhar para eles, mas para saber algo mais sobre ela, e se havia planos de voltar a Portugal. Mas a verdade é que só temos direito a vê-la despida, não há entrevista, não há história. Confesso que me deixou desiludida. Mas depois, comecei a ler a Playboy. É uma revista que tem um poder editorial brilhante. Fazem críticas de cinema, de jogos, de livros, as crónicas são brilhantes, tem uma entrevista a Woody Allen, e no geral, é uma revista boa de se ler, com umas quantas mamas e patarecas pelo meio. A proporção de mulheres nuas para coisas com interesse para ler é de 30/70. Confesso que adorei a cara da mulherzinha atrás do balcão da papelaria quando me viu com a Playboy na mão, mas a verdade é que é realmente uma boa revista!

Saudações da Anita

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