sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Zoo, lógico? No preço não é de certeza

Outra das coisas que fiz nestas férias foi visitar o jardim zoológico de Lisboa. Desde o dia 11 de Setembro de 2001 que não o visitava. Sim o 911. Estava a começar o show dos golfinhos quando ligou a mãe das raparigas que estavam comigo a dizer que tínhamos de ir para casa e de preferência agachadas porque tinham caído as torres gémeas nos Estados Unidos e a terceira guerra mundial ia estalar a qualquer momento. Parece que estou a gozar, não é? Mas não estou. Andei deste Sete Rios até Campolide agachada atrás de carros e com um passo acelerado com medo que caísse uma bomba ou algo parecido. Viva a inocência e a ignorância. Vamos todos por uma velinha em Fátima pela minha estupidez.

Achei o valor do bilhete um disparate, mas deliciei me com cada momento que lá estive. Os animais não estavam muito cooperativos, porque eu também fui escolher um mau dia para lá ir, estava um calor insuportável e os bichinhos estavam todos à sombrinha, alguns nem consegui ver. Ia morrendo no reptilário, por causa da humidade (já se me estava a formar bolores nas entranhas) mas fiz um amigo. Os miúdos empurravam- me mas ele vinha sempre ter comigo. Eu acho que tem alguma coisa a ver com o facto de eu ter ar de mãe. Se calhar também cheiro a mãe.

Vi o espectáculo dos leões marinhos e quando um deles veio comprimentar o público, apanhei-o numa pose muito gira. Se aumentarem a foto, vêm a expressão dele e está mesmo giro. O ferro teve de fazer parte da foto, porque cada vez que eu me levantava para me aproximar e fotografar vinha logo uma ranhosita chatear me a cabeça. Estava um calor infernal, só me apetecia ir a correr e mandar me para dentro de água. Então aquela cor azul é pouco apetitosa é.



Apresento-vos a minha futura afilhada. Ainda não é, porque vou esperar por Setembro para a apadrinhar. Apaixonei-me por ela. O Igor aproximou-se da jaula e ela veio ter com ele, quando eu me aproximei ela veio para ao pé de mim e não saiu mais, eu desviava-me e ela chegava-se para onde eu ia. As pessoas queriam tirar fotografias mas ela não me deixava sair da frente dela. Até festinhas lhe dei. Apaixonei-me por uma catatua. Isto dava um excelente nome para um livro ou um filme. Ó para nós tão apaixonadas a olhar uma para a outra. Não gosto de me repetir, mas os animais são realmente uma força da natureza que eu não consigo descrever. Continuo a não conseguir entender como há pessoas que lhes conseguem fazer mal. Eu por mim levava-a para casa, enrolava-a num cobertor, fazia-lhe meias e gorros de malha e passava o resto da minha vida a ouvi-la cacarejar ao meu ouvido.

Em compensação, este senhor aqui ao lado, que é um grou, todo o tempo que eu estive ao pé dele, tentou-me espetar me o bico. Aliás, vocês vêm pelo trombil dele que era extremamente simpático e afável e "Huggable".

Esta foto seguinte traz-me à memória uma música da minha infância - o pai Buda, tem muitos filhos, tem muitos filhos o pai Buda, eu sou um deles e tu também o és, oremos ao pai Buda. MÃO DIREITA! Pronto chega

Umas tartaruguinhas lindas no reptilário também fizeram uma foto muito bonita. espero que gostem




Bem, tudo isto para vos aconselhar vivamente a ir ao jardim zoológico de Lisboa. Há sempre coisinhas boas escondidas para irmos á descoberta e ver os animais é um óptimo relaxante natural. Sai se de lá com vontade de dar dinheiro a todas as instituições animais existentes e de levar três ou 4 tigres e leões (e catatuas) para casa.

Saudações da Anita

Sem comentários:

Enviar um comentário