segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Food and food

Tenho de vos dizer, este fim de semana nasceu em mim um Jamie Oliver pequenino. Só me apetecia cozinhar, e cozinhei três pratos magníficos! (Modéstia à parte) Tudo me inspirava, fartei me de ver programas dos "Globe Trekkers" e "Planet Food" e de lá saíram duas maravilhas culinárias. Ou melhor 3, mas a última é tipicamente portuguesa, nada de especial em termos de influências, a não ser a minha brilhante astúcia (MUAHAHAHA).

Antes de mais, todas elas servem seja de que maneira for, para aproveitar restos. Não se tem de fazer com ingredientes novos, um bife frito pode voltar a ser utilizado, frango assado idem.

Um deles foi inspirado no Globe Trekkers em Barcelona e tem o nome fantástico de "Mar e Montanha". Como eu mudei a receita para se assemelhar mais a algo que eu comesse, vou lhe chamar "Trancão e Morro". Então o que é necessário é frango, eu usei meio frango fresco, que deu para 3 pessoas, sem miúdezas e cortado em pedaços não maiores que a palma da mão (temperado antes de ir para a panela com sal grosso, pimenta e um bocadinho de tomilho), uma colher de sopa de sal grosso para usar mais tarde, meio copo de azeite (presumivelmente 10/15ml), cabeças de gambas, umas 5 ou 6 chegam, as gambas em si são opcionais, eu usei, mas não é necessário, só mesmo as cabeças, 2 cebolas grandinhas, 3 dentes de alho, 3 cenouras, um pimento verde, dois tomates não muito grandes, um copo grande de água e um cálice de vinho do porto (a mesma quantidade do azeite). Tudo o que é legume, eu cortei aos pedaços, em nenhum formato em particular, cortei para meter tudo para a panela, ou seja, o mais pequeno possível. Mete-se o azeite e as cabeças de gambas numa panelinha, em lume brando para não esturricar (como é meu hábito) e deixa-se estar um bocadinho, até as cabeças de gamba começarem a ficar bem douradinhas. Tiram-se as cabeças e podem se meter as gambas ou não, como preferirem, e mete-se de seguida o frango, toda a parafernália de legumes, o copo de água, o vinho do porto e a colher de sal. Em lume bem brando, deixa-se cozinhar o franguinho e quando estiver todo bem branquito, que pode demorar cerca de 20 minutos em lume brando, pode se colocar lá dentro ou massa já semi cozida ou já cozida de outra refeição que queiram reaproveitar, ou mesmo arroz. E mantém-se na mesma o lume brando até coser, ou até aquecer, ou seja, 10 minutos se ainda nao tiver cosido, 5 se já tiver. A melhor parte é ver o meu gajinho a "lember-se" todo com as minhas culinárias malucas.

O outro prato é muito simples. São "Tortilhas", mas mais uma vez, como eu fiz à minha maneira, vou lhes chamar "Tortolas". Para este podem usar várias carnes que tenham para o frigorifico, de outras refeições, e picam tudo. Podem usar carne de vaca e/ou peru frescas e também picar tudo. E para a outra parte do prato, podem usar esses mesmos bifes já fritos e cortá-los aos quadradinhos da largura do vosso polegar, ou fazer o mesmo com bifes frescos. Passo número um - comprar tortillas. Eu comprei uma embalagem de 10 no Jumbo, que me custou cerca de 2 euros e tal. Para 3 pessoas isso chega, para mais que isso, tem de se comprar mais! Menos que duas não é uma refeição.  Os bifes cortados aos pedacinhos são para temperar com sal e pimenta e para panar. E pelo amor de Deus, não me comprem aqueles bifes já panados, sõ o qudruplo do preço dos bifes simples e pana-se a carne em 5 minutos. Três pratos, sendo que dois deles deveriam ser preferencialmente de sopa. Num deles, 2 a 3 ovos e um bocadinho de vinho branco. No outro, pão ralado. Acho que não é preciso ser-se um génio para entender a ordem disto, certo? Bem, como eu ando numa onda de comida saudável, em vez de fritarem os panados, experimentem pô-los no forno. A 200 graus, cerca de 15 minutos. Foi o que eu fiz e fiquei com milhentos quadradinhos de carne panada com um aspecto fantástico. Sem óleo a escorrer. Cortei 1 pimento aos palitos (ou qualquer coisa parecida) e ralei uma cenoura. No centro da tortilha pus 3 ou 4 quadradinhos panados, 3 ou 4 tirinhas do pimento e um pedaço de cenoura ralada. Mete-se um bocadinho de maionese, para selar a tortilha em cima. Podem usar da de alho, eu uso a que o meu pai faz que é para mim, uma das maravilhas do mundo. O que também é capaz de ficar bem aqui é maionese com um bocadinho só de doce de morango. É absolutamente maravilhoso.

Para a outra parte do prato, cerca de meio quilo de carne picada (que pode ser reutilizada com um bocadinho de massa, que dá um optimo esparguete à bolonhesa) temperada com vinho branco, sal e pimenta, um bocado de manteiga e de banha de porco, uma cebola cortada aos quadradinhos bem pequeninos, 2 tomates cortados às fatias, e 3 dentes de alho. Tudo excepto a carne, é colocado numa panela e deixa-se estar um bocado em lume brando, quando a cebola já estiver molinha, coloca se um bocado de sal, e pica-se tudo com o 1, 2, 3. Eu ainda sou do tempo do 1, 2, 3 e não há nada que mo substitua, principalmente para javardar o fogão todo com pedaços do que pico dentro das panelas. Quando estiver tudo picadinho, corta-se uma cenoura aos bocados grosseiros, mas relativamente pequenos e mete-se la para dentro com a carne. Lume brando. Quando a carne estiver toda uniformemente castanha, deixa-se estar mais 5 minutos no refogado e pode-se apagar o lume. Numa frigideirinha, salteei duas cenouras com um pedaço de manteiga e vinagre balsâmico. Quando as sentirem moles, desliguem. Na tortilha, metam a carne picada no centro e três ou 4 tirinhas da cenoura que se forem como eu, não vão conseguir parar de comer.

Para sobremesa, tive uma grande ideia. Aproveitar todas as frutas do frigorifico, que lá ficariam Ad eternis, se eu não as usasse. As que eu usei foram: 3 maçãs, 2 pêssegos, duas fatias de melão, 1 laranja, 1 tangerina, 5 ameixas verdes e 4 roxas e uma banana. Cortei as todas aos quadrados pequeninos. Mais ou menos a meio, salpiquei toda a fruta com canela e uma chavena daquelas de café, cheia de açucar. Continuei a cortar e no final adicionei mais açucar por cima,  um copo grande de vinho do porto e duas flores de anis secas, misturei tudo com as mãos (logo a seguir a ter tirado macacos do nariz) e meti no frigorifico cerca de duas horas. Nham é o que vos tenho a dizer

P.S. - as fotos são dos originais, os meus desapareceram depressa demais entre os dentes de toda a minha família para eu ter tido oportunidade de os captar

Saudações de água na boca da Anita.

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