quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nem vou falar de futebol...

Pronto ok, só vou dizer uma pequena coisinha e depois partir para as mais importantes. Eu não sou geralmente uma pessoa púdica ou judgemental. Não condeno grupos sociais minoritários, nem me oponho a debater questões tabu porque acho que são verdadeiramente delas que nascem a luz. Mas o "grande" Cristiano Ronaldo ter uma explosão amorosa como teve quando os jornalistas o abordaram depois de perder o jogo...é absolutamente ridículo. Lembrou-me o meu irmão quando tinha 4 anos, que quando partia alguma coisa dizia à nossa mãe: foi a mana! A fazer beicinho e a apontar para mim. Eu não posso dizer que sou melhor, de vez em quando também tenho ataques de raiva miudinha que me dão vontade de mandar tudo ao ar, mas eu não ganho milhões ao ano, nem tenho uma imagem mediática a defender. O facto de ele SÓ saber jogar à bola evidencia-se a cada dia que passa e dizer coisas como "O Carlos Queiroz é que estava na sala de imprensa, por isso podia responder melhor às perguntas dos jornalistas" é do mais farfetched que ouvi até hoje. Acho que me conseguia sentir mais simpatética se ele dissesse: eh pa tava completamente lixado da vida e apeteceu-me culpar alguém, portanto culpei aquele que no jogo com a Coreia do Sul foi um herói, mas que agora é um filho da p*ta! Ao menos acreditávamos nele.

Aprendi uma coisa muito fixe hoje. O significado do dialecto "Engrish" em japonês. Ora engrish é nada mais, nada menos do que astraduções literais do japonês para o inglês que formam frases sem qualquer espécie de coerência. Vou vos dar um exemplo incrivel que encontrei e que está aqui ao lado. O nome que a pessoa que postou esta imagem colocou foi: I always wondered where the grinch lived. Lindo. Vou postar mais um ou dois engrish, mas aconselho-vos a irem a engrish.com que têm horas de risadas com coisas semelhantes. Percam 5 minutos de vida, só para se rirem com este das instruções. Já me dói a barriga.

Ontem finalmente, concretizei o primeiro exame. Só faltam mais (gulp) 5...ninguém merece. 3 deles, mortes súbitas. É uma vida do caneco ver o sol lá fora e saber que tenho de ficar fechada a ler... ou melhor, ter não tenho, mas devo senão são 95 euros por cada hora de praia que decidi ter. Ainda para ajudar mais à festa, eu moro a dez minutos da praia. O que vale é que descubro perolas como o engrish.com para me rir a bandeiras despregadas nos dez minutos de intervalo que faço ocasionalmente. Espero que tenham gostado!

Saudações da Anita

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Todos merecemos um final feliz...

Quando me pus a ouvir as histórias da minhas amigas, partiu-me o coração. Nunca lhes desejei aquilo pelo que elas tiveram de passar. Doeu-me ver que não lhes deram o valor que tinham, e doeu-me acima de tudo que não dessem apoio nem amor como elas mereciam. Ás vezes sentimos que só os outros é que sofrem e que tudo à nossa volta está bem, mas os maiores sorrisos escondem as mais fortes lágrimas e no silêncio elas insistem em cair, impiedosas.

Tenho de confessar que me partiu o coração saber o que se tinha passado com as minhas amigas, fomos meninas juntas e crescemos para ter de passar por coisas muito difíceis, mas ninguém nos prepara para passar por aquilo que elas passaram. E todas nós merecemos acima de tudo, um final feliz.

Hoje vi um final feliz, o da minha melhor amiga de infância. As lágrimas cairam-me pela cara ao ver as fotos do seu casamento, do qual não fiz parte. Lembrei-me de quando dizíamos que iamos ser as madrinhas de casamento uma da outra, que iamos apadrinhar os nossos primeiros filhos, que íamos usar cores fora do vulgar no nosso casamento, que iam ser flores cor de laranja em vez de flores muito elaboradas que queríamos que enfeitassem os nossos centros de mesa. Ríamos e chorávamos, não havia nada que não contássemos uma à outra, ou que não ultrapassássemos com a ajuda uma da outra, mas veio o destino e tirou-nos isso...e agora observo a sua felicidade de longe, com o coração apertado, por desejar com tanta força abraçá-la e dizer: conseguiste mana...conseguiste ser feliz! E nem sabes o quanto isso me faz a mim feliz, nem tem explicação o que significa para mim ver que estás feliz e que continuas tão tu. Eu deixei de ser eu quando deixei de a ter. Houve uma parte de mim que morreu e que ainda sofre com essa perda, mas a vida continua não é?

Desejo a todos que têm a oportunidade de ler aquilo que eu aqui escrevo com tanto gosto, que encontrem os seus finais felizes e que encontrem alguém que não vos oprima nem vos faça sentir que algo é por vossa culpa. Desejo que tenham força para abandonar situações que vos magoem e que levantem a cabeça para as inumeras coisas que a vida ainda tem reservado para voces. Desejo-vos o que desejo para mim a duplicar.

Saudações da Anita, de coração partido...


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Retrospectation

Voltei!! I'm backkkk depois de 5 dias com a cabeça enfiada no computador e nos slides de Marketing. Consegui finalmente acabar aquele que foi sem dúvida o maior desafio do curso até agora. 42 páginas inteiramente criadas por mim, o que significa que consegui reduzir as 100 páginas escritas inicialmente. Quando me meto a escrever, tal como quando me meto a falar, pareço uma matraca, não paro! E andei cheia de comichões de não poder vir ao blog para falar dos GRANDES acontecimentos da última semana...

Faleceu o José Saramago. Sinto muito orgulho nele sem dúvida. Tenho pena que nunca tenha sido recíproco e que ele tenha decidido viver em e para o estrangeiro. Ele tinha 87 anos, viveu uma vida super interessante, conseguiu provar ao mundo que era bom no que fazia e encontrou o amor da sua vida, acho que isto não e motivo de tristeza pelo facto da sua morte, o correcto é celebrar o génio que ele foi e o que conseguiu atingir.

Gostava de vos falar de duas coisas que achei curiosas, e que vi nos telejornais. Foram à terra onde Saramago nasceu, ali no concelho da Golegã, onde um senhor da mesma idade que ele se mostrava indignado por nenhuma parte das suas cinzas ter regressado à terra onde nasceu. E aqui acabaram as coisas boas que o senhor tinha para dizer em relação a Saramago. Nasceram na mesma altura, conheciam-se e a partir daí, como ele era pobre e teve pela primeira vez um par de sapatos no dia em que se casou,era injuto o Saramago ser famoso e ter dinheiro. Mas isto só porque os pais de Saramago o ajudaram a vir para Lisboa e educar-se ao contrário dos seus que o fizeram trabalhar toda a vida. Chamou-o ingrato porque quando ia à Golegã, fazia de conta que não o conhecia e mais umas críticas fervorosas do género. A jornalista perguntou-lhe até se ele gostaria de trocar de vida com Saramago, ao que o senhor respondeu: claro, nem pensava duas vezes, mesmo já tendo morrido.

Gostava também de falar de Pilar del Rio. Esta senhora não verteu uma lágrima. O amor da sua vida morreu perante os seus olhos, provavelmente nos seus braços, e ela manteve-se intocável. Eu não consigo imaginar a dor pela qual ela está a passar, mas imagino que seja absolutamente dilacerante. Eu falo como pessoa que tem ao seu lado alguém que ama e que acha absolutamente inconcebivel a vida sem ela. Agora imagino uma vida tão perfeita e de devoção um pelo outro como ela e Saramago tinham e saber que ela teve de presenciar essa pessoa e essa vida a desaparecerem em frente a si, sem poder fazer nada. Parte-me o coração.

Agora coisas boas. Tinha um rascunho preparado para publicar, sobre o patriotismo falso dos portuguess no que toca ao futebol. Falso, não no sentido de não existir, mas sim no sentido de se afirmar especialmente quando Portugal ganha alguma coisa. Goleámos a Coreia do Sul e, apesar de não ser uma adepta fervorosa (nem vejo os jogos), confesso que nasceu em mim alguma esperança que podemos ainda fazer qualquer coisa neste mundial. Claro que já perdi a esperança toda no jogo face ao Brasil, mas isso são só especulações baseadas em 44 anos de derrotas.

Saudações da Anita

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Poesia e fotografia

É certo que já levei muita gente
já subi montanhas e domei rios
já chorei, já me ri de contente
mas também desisti.

Olhei as estrelas
acomodei-me no lugar para vê-las
mas adormeci

Tirei horas para mudar
mudei isto, mudei aquilo
mas não me movi do lugar

Roubaram-me o coração,
tiraram-me a vida
mas no fim deram-me a mão

Já fui vagueante e só
já perdi a esperança e parei
mas caí em mim e continuei

Houve vezes que me escondi
e quando me encontrei corri
mas cansada tive de me parar

Oh vida que me puxas e empurras
Oh dor que me feres e aprofundas
estas mágoas que tão fortemente encobri

És uma madrasta e uma ingrata
és uma lágrima de ouro e uma rosa de prata
e és uma permissa de tudo o que vivi.





"I'd rather die on my feet, than live on my knees"

By Ana Moreira (texto e fotos)

Saudações da Anita


quarta-feira, 16 de junho de 2010

História do dia - Don Ritchie

Gostava de vos falar sobre uma coisa que li e que me inspirou. É uma daquelas coisas que acontece na vida real mas que achamos que só acontecem nos filmes. No entanto estamos errados, há efectivamente coisas que nos deixam a pensar e que são absolutamente incríveis e inacreditáveis.

Na Austrália, há um precipício chamado "The Gap" e que é um chamariz de pessoas com tendências suicídas, para dar termo à sua vida. Por trás desse mesmo precipício, existe uma vivenda de dois andares, onde mora um senhor de 82 anos, Donald e a sua esposa, Mary. Ambos reformados, ávidos viajantes de todo o Mundo, pais de três meninas e avós de outras três. Felizes, com um daqueles amores à moda antiga, que já não existem nos dias de hoje, dividem o seu tempo a ler livros e a vislumbrar a vista magnífica que têm da sua varanda.

O marido, Donald Ritchie, levanta-se todas as manhãs e vai até à sua janela, de onde vislumbra transeuntes que passeiam rente ao precipício e que por vezes param, pensativos, a olhar para algo indefinido e se sentam, perdidos nos seus pensamentos. Don veste-se, desce as suas escadinhas, atravessa a estrada e interpela essas pessoas. Com o seu maior sorriso, pergunta-lhes se morrer é realmente a melhor opção. Ouve-as, fala com elas, em última instância, pergunta-lhes se estão interessadas em entrar na sua humilde casa para beber uma bebida quente e receber algumas palavras de conforto. Algumas aceitam. Outras sentem demasiada dor, e quando Don chega ao sítio onde as viu, encontra apenas a tristeza de saber que terá de contactar as autoridades para vir recolher um corpo. Já perdeu muitas por um bocadinho, por não as conseguir agarrar ou por os seus olhos azuis não conseguirem transmitir segurança a corações irremediavelmente despedaçados.

Foi encontrada uma carta de um senhor que se suicidou na ponte em Londres, que dizia: "Eu vou sair agora de casa, se até chegar à ponte alguém me sorrir eu não vou ter coragem de o fazer". A verdade é que ele o fez. Muitas pessoas não pretendem morrer, pretendem que o sofrimento desapareça, que a dor se apague e não encontram outra solução. Don deu esse sorriso a muitas pessoas que pretendiam fazê-lo. Em troca, as pessoas que ele conseguiu salvar, enviam-lhe prendas, cartas a agradecer por ter salvo as suas vidas, garrafas de champanhe, fotografias, postais que lhe asseguram que as coisas estão a correr bem. Em 45 anos, Don e Mary já salvaram para cima de 400 pessoas no precipício em frente de sua casa. Don diz que as que não conseguiu salvar não o assombram, fez o melhor que pôde e sente-se feliz por saber que tem a oportunidade de ajudar. Foram ambos recentemente homenageados com o prémio de citizen of the year. É bom saber que os anjos realmente existem =)

Saudações da Anita

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O momento da execução: tirar uma licenciatura


Hoje vou vos falar, porque tem de ser, desta história da vida académica, que dá cabo da nossa vida pessoal...

É muito bom pensar que estou a tirar uma licenciatura de algo que gosto bastante, que até posso nem ter bem a certeza do que me trará no final, mas que me vai dar duas coisas que anseio há bastante tempo: um traje e um canudo. Ah, era suposto eu querer mais? Mas tipo o quê? Prestígio? Honra? Conhecimento muito além do que eu tenho? Eu podia dizer que realmente anseio por tudo isso, mas a verdade é que até agora, trouxe-me acima de tudo falta de tempo, falta de espaço, stress, despesas atrás de despesas, dores de cabeça, preocupações e problemas familiares. Aos fins de semana, queremos ir para todo o lado, mas quando não temos trabalhos para fazer, temos de estudar, quando não temos de estudar, um de nós está exausto, quando um de nós não está exausto, está doente, quando não é nenhuma destas situações, ou temos problemas com a família, porque nunca estamos ao pé deles, ou está a chover a potes, ou discutimos porque não temos tempo para nada. É uma grande prova de sobrevivência esta licenciatura.

Depois vem a época dos exames. Só quem passa por ela é que sabe o que é. Um mês inteiro a ter cabeça e a não ter ao mesmo tempo, para apenas uma coisa, a revisão de tudo o que foi dado ao longo do semestre (de 4 meses). É matéria muito parecida, mas com pequenas diferenças cruciais, que nos fazem escorregar com a maior das facilidades sem saber sequer porquê. É o stress de ficar em casa ou ir para a faculdade, a esperar que chegue a hora da execução. Ser sentada no lugar indicado, que geralmente é a primeira cadeira, graças ao meu nome (não que me chateie, porque gosto de fazer os exames em sossego), sair do exame muitas vezes sem perceber se dá para passar ou se foi um completo desastre. Ás vezes saímos da sala a pensar que foi bestial e quando chegamos cá fora e começamos a conversar com os colegas, percebemos que fizemos uma serie de erros, muitas vezes de atenção e vamos para casa completamente nas lonas e pior ainda, já a pensar no próximo exame.

Depois vem a espera infinita. Esperar pelas pautas, esperar por saber o que se passou. E muitas vezes a tristeza de chegar ao placard e saber que temos de fazer tudo de novo. Que o esforço imenso que fizemos não foi suficiente. Que o período de férias tem de ser alterado porque vamos ter de repetir os exames nessa altura. Tentamos lembrar de tudo o que possamos ter feito errado. E chegamos sempre à mesma conclusão, foi da falta de tempo, foi da quantidade de matéria, foi do professor que não gosta de nós, foi do exame que era muito grande. Mas sabemos no fundo que a culpa é nossa.

Aguardo ansiosamente o momento de queimar as minhas fitas, mas também de queimar tempo a fazer o que bem me apetece e não que trabalho será o próximo, ou que apontamentos tenho de resumir. A fazer só o que me apetece, com um canudo na mão.

Saudações da Anita

domingo, 13 de junho de 2010

Poucas novidades, alguma febre...

Ficámos sem carro e eu piorei e não fomos aos santos populares. E esta hein?
O painel do nosso carro parece a feira popular, apisca-se todo como se não houvesse amanhã e o carro não pega, o que significa que andamos com a carrinha do meu pai, ou seja, parecemos dois vendedores de batatas, ou então aqueles senhores que vão buscar os imigrantes ilegais para distribuir jornais ou panfletos nas ruas de Lisboa.

Hoje senti-me muito velha, descobri que o meu colega do lado da escola básica, o Ricardo, foi ontem um dos noivos de Santo António. O frigi, o maior gozão ao cimo da terra, que me dizia que eramos "manos", casou-se hoje...e foi um noivo de Santo António. Isto realmente...

Daqui por 6 diazitos vou me encontrar com o pessoal da Verney e já comecei a reunir tesourinhos deprimentes, porque já nessa altura a fotógrafa de serviço era eu. Deixem-me que vos diga que ver aquele meu corte de cabelo me dá nauseas vagabundas, só comparáveis às que tenho cada vez que ouço uma vuvuzela a soar nas ruas ou na televisão.

Isto do Mundial é tão bom. Entre roubos, jogos de bola e o nosso grande Cristiano Ronaldo a comparar a sua performance ao Ketchup, eu fico sem saber para onde me virar. É tudo fantástico e mostra o nosso espírito. E aquele senhor que anda na televisão a cantar "va ganhar Portugal, vai ganhar Portugal", com o cachecol ao pescoço e aos saltinhos de um lado para o outro? Upa upa

Não estou muito comunicativa hoje, porque ainda estou doentita. Não vejo esta porcaria a passar e sinto a minha cabecita constantemente cansada. Óptimo para esta altura que estão a chegar os exames. Amanhã começa mais uma semana e eu, como é de esperar estou cheia de vontade. Adorava ter aqui um microfone para vos dar uma pequena amostra da minha voz de bêbeda, mas quem vai estar comigo amanhã terá esse privilégio, porque sinto que está para ficar por enquanto. É so comprimidos, inalações, pingos, vic, não tarda nada sou uma tócioindependente...

Saudações da Anita

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Mais um fim de semana dos compridos

Parti a minha rica cama. Pronto tá bem, tinha já uns 13 anos e descobri que a "cerejeira maciça" de que a minha cama era feita, não passava de bocados de madeira prensada com cartão. Mais triste do que isso só o facto de a ter partido quando eu e o Igor estávamos sossogaditos a ver o Dr. House e de repente o chão saiu-se-me de debaixo do cú. Estou a dormir no chão. E como estou doente, as humidades estão a fazer maravilhas por mim. Considero que isto seja um justo castigo por eu ser má.

In other news, amanhã lá vou eu para a sardinha assada. Não sou nada apologista, não vou mentir. Odeio multidões, odeio ter de estar de cinco em cinco segundos a ter de ver se ainda tenho a máquina fotográfica no ombro e a carteira na mala. Odeio comer uma sardinha assada depois de andar durante quase 40 minutos desde o sítio onde conseguimos estacionar o carro até onde está a vida a acontecer e passar o resto da noite a cheirar a peixe. ODEIO ter de me pôr em bicos dos pés para ver o que quer que seja (lembra me sempre um hipopótamo com uma saia de ballet e o Debusy em som de fundo), odeio ter de andar quilómetros e quilómetros de um acontecimento para outro e ser atropelada 23587124234as vezes até lá chegar. Mas o que realmente gosto no fim de tudo isto é o espírito. Vejo grupos enormes de amigos, todos a rir e a saltar por cima uns dos outros, com copos de cerveja, de vinho ,de whatever, com um pão e uma sardinha na mão (haverá noite em que elas sabem melhor, mesmo que sejam secas como a palha??) e  adoro observar isso. Razão pela qual no ano passado acabei a noite de santo antónio com o meu grupo de amigas a serem pseudo-devoradas por duas lésbicas esfomeadas, num bar no bairro alto. Mas it's all in a day's work.

Estão aí os exames. e vontade não é nenhuma...sabem o que me apetecia mesmo? Agarrar nas minhas coisinhas e ir por Portugal fora, visitar todos os castelos e fotografar até a máquina se cansar e pedir reforma. Será que sou maluca?

Saudações da Anita

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ai Sertã, Sertã...não, não é a frigideira

Hoje vou voltar à história das minhas andanças em miúda. Vou vos falar da Sertã, uma linda vila ali no distrito de Castelo Branco que foi o palco de uma série de "primeiras vezes" da minha vida.

Cheguei lá com apenas 13 anos. Ninguém me dava essa idade e ninguém acreditava em mim. Digamos que foi por volta dessa altura que todas as protuberâncias pelo meu corpo fora se desenvolveram. Já que a minha vida em Lisboa era um boa porcaria, achei que na Sertã podia fazer com que as pessoas me conhecessem a sério, tal como era, e ia ser a rainha da cocada preta. E durante uns tempos fui. Sentia-me felicíssima de chegar lá e saber que tinha amigos à espera, contentes por saber que eu ia chegar, nunca tinha sentido isso. Ia o caminho todo com o coração a saltar no peito, com pressa de lá chegar para ver todos os meus amigos. Queria correr todas as "capelinhas" para encontrar toda a gente e quando encontrava, haviam abracinhos, mensagens saudosas e convites para tudo e mais alguma coisa.

Uma coisa muito bonita que eu encontrei na Sertã foi a amizade verdadeira e incondicional. Aquela que ainda hoje, passados 12 anos, se mantém. Conheci o companheirismo, conheci a união, conheci Sérgio Godinho, Jorge Palma e Pop Xula, provavelmente a melhor banda de garagem de sempre. Vi Santos e Pecadores, vi Emanuel e vi uma série de concertos pimba em todas as festas a que fui, desde a da Senhora dos Remédios, à da Juropiga, da Cumeada, do Cabeçudo, corremo-las todas. Vi 18 vezes o Titanic no cinema, porque nas férias não havia muito para fazer e o bilhete do cinema era tão caro como comprar um gelado, custava apenas 150 escudos. Apaixonei-me, mas desta vez com correspondência, dei a mão no escuro do cinema, dei o meu primeiro beijo que me soube a pastilha de mentol (parece um cliché mas é verdade). Troquei cartas, porque na altura não tínhamos todos telemóvel. Pediram-me em casamento ao som do Nothing Hill e discuti se se dizia universal em português ou em inglês. Fui traída pela primeira vez e senti uma dor dilacerante que nunca pensei ser possível sentir. Mantive durante anos o carinho por essa pessoa e cada vez que o via o meu estomago ainda se revolvia, voltamos a estar juntos uma vez apenas, cerca de 5 anos após o nosso namorico e foi o "closure" de que eu precisava. 
Saí até altas horas da madrugada, foi a primeira vez que entrei numa discoteca, fui à minha primeira festa da espuma e pela primeira vez na vida bebi álcool. Tomei banho na ribeira à noite, arrastei uma série de pessoas comigo e fizemos daquilo um ritual de cada vez que eu ia à Sertã. Cantei no açude, ao som das violas dos meus amigos, aprendi músicas revolucionárias e sonhei com uma volta a Portugal numa carrinha volkswagen com malmequeres cor de rosa. Vi a droga a aparecer nas vidas deles e eventualmente a desaparecer, sem ter tido curiosidade em experimentar. Roubei pão da porta da padaria ás 5 da manhã, fiz massadas de atum com ovos ou com o que houvesse em casa, para 10 ou 15 esfomeados que rodeavam a panela e a comiam à garfada a altas horas da madrugada. Fiz festas do pijama com um monte de pessoas em minha casa, acordei sem saber como lá tinha chegado e tropecei em 5 ou 6 pessoas a dormir no chão, para conseguir chegar à casa de banho. Descobri os sugos de melão, o pavê, os brigadeiros, o nascer do sol na varanda, sentada num banco e enrolada num edredon com a minha melhor amiga, tentei descobrir o fim do mundo a subir a ribeira e fui dada como morta. Dei 3 voltas à igreja a rezar avé marias para ver se aparecia um fantasma na porta, vi os esqueletos que foram descobertos no adro, com centenas de anos, subi os degraus dois a dois para não ver o diabo e contei histórias assustadoras para depois de me fazer de forte, ir para casa a olhar para trás de 5 em 5 segundos.

Dormi num sofá com mais 4 pessoas, parti um sofá cama, parti dois, obriguei os meus amigos a ver o rato xuxu e recebi um kamasutra ilustrado do meu querido amigo Vitor, na presença de toda a minha família. Comi gelado com marmelada, vi explodirem o meu microondas com uma lata de comida para gato lá dentro e incendiarem o cortinado da minha cozinha. Fiz comida que queimou, fiz comida que foi um sucesso e nunca fiz comida só para 1 ou 2. No meu 17º aniversário, o Mateus chegou bêbado a minha festa de anos e sentou-se ao lado do meu pai no sofá sem o ver. O João ainda hoje se lembra do atum atum atum e o Roger...será sempre o Rollerjet. Os tempos mudaram e as pessoas também, conheci novos grupos, abandonei alguns, as pessoas foram-se embora para estudar, para trabalhar fora, para tentar ter uma vida melhor. E eu fui ficando. Cada vez menos. Até ter perdido a minha casa, o antro do espírito sertaginense. Hoje, com 24 anos, recordo com carinho TUDO o que lá passei, todas as brincadeiras, todas as jantaradas, as festas, os sorrisos. Mas quando lá vou, está tudo vazio. O nosso tempo passou, mas quando foi vigente, foram os melhores anos da minha vida...
Saudações da Anita

terça-feira, 8 de junho de 2010

Hoje serão só pérolas!

Hoje vou vos mostrar algumas fotos que tirei no fim de semana. Acho que sou uma "fotografadeira" porreira e portanto vou partilhar com voces. Aqui vão algumas pérolas do centro de Arganil. Fomos tomar o pequeno almoço e encontrámos de imediato esta pérola na capa do "Diário das Beiras".

Ah...bodah??? Ninguém ensina esta gente a escrever? Ou será que era mesmo suposto ser o famoso "Bodah" do provérbio popular ordinário que todos voces conhecem? (Se não conhecem perguntem-me, não vou pôr essas coisas no meu blog!)

Centrum? Galerias centrum? Olha eu ando me a medicar com estas galerias, é curioso. Mais curioso ainda é os comprimidos agora serem azuis. Mas muito melhor que tudo isso é encontrar umas galerias com este nome.

Juro-vos, este cú desnudado está no letreiro de uma loja de roupa...nas galerias centrum.
Esta grande pérola é uma das minhas preferidas. Para os que não conseguem ver bem, diz "Call me Joana, vê no interior e não digas que não." O que dizia no interior era o seguinte: "Vai ao youtube e procura Joana Salta". Eu procurei e realmente existe a Joana Salta e foi filmado numa fábrica abandonada em Arganil.
 
E vocês perguntam-me: qual o propósito disto? Não sei, é a resposta que tenho para vos dar. Ainda sou do tempo em que o vandalismo acabava quando escrevíamos nos espaços públicos, agora temos os insultos nos espaços publicos e na internet. Estou a ficar velha.
A esplanada é um café, em Góis. Se eu me chamasse Tomásia...eu não dava esse nome ao meu estabelecimento. E porquê fazenda? É um cafézinho, à beira do rio, com umas mesitas. Não tem nada de fazenda. Mas se calhar sou só eu a ter mau feitio. E finalmente, que espécie de incómodo é que estão a causar para pedirem desculpa no final? Amanhã isto está aberto, desculpem lá o incómodo. (??)

Hoje mando-vos saudações com direito a ilustração ;)

Saudações da Anita!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Um fim de semana de arromba

Desculpem o desleixo neste fim de semana grande, mas em compensação, vou vos falar do que andei a fazer. Quinta e Sexta descrevo em apenas duas palavras: praia e estudar. Faziamos uma horinha de praia de manhã, e passavamos o resto do dia em casa a estudar. Na Sexta à noite, partimos para Vale Diogo. Vale Diogo é ali no distrito de Coimbra, no meio dos montes (tal como eu adoro). Sábado fomos visitar Arganil e eu paguei 2,15€ por uma sandes mista, um galão e um bolo, e como tal, fui feita labrega perguntar ao senhor se ele não se tinha esquecido de registar alguma das coisas. E não tinha. Passeei por zonas lindíssimas, com casas abandonadas a cair de podre, que é coisa que me delicía fotografar e por cascatas e ribeiras.

Não sendo uma amante de praia, apesar de morar a 100 metros dela, fui nessa tarde ao que eu mais adoro: ao rio. Na praia fluvial de Góis, encontrámos uma águinha limpida e bichaçudos (palavra nova) que eram pulgas de água. A água estava um gelo ao entrar, mas depois de habituarmos o corpo, é fantástico ficar só com a cabeça de fora e sentir os peixinhos a mordiscar-nos os dedos dos pés, para depois os deitarmos na relva, que estava cheia de cardos e que nos fez andar aos 4 aos saltinhos feitos malucos. Havia animação, miúdos a atirarem-se das árvores para a água e putos a berrar. O costume.

À noite fomos ao bowling (yay). Chamava-se PESSIDÓNIO e tinha bowling, discoteca e lounge bar, onde ia tocar um senhor chamado (e atenção que esta nome artístico é FANTÁSTICO)...ZÉTRETAS...claro que não ficámos para ver o zé tretas, mas jogámos um bowlingzito e os gajos foram jogar um Pro Evolution Soccer com joystick numa máquina ligada à televisão, onde pagavam 2 Euros por uma hora de jogo. Fantástico. E este é um dos Hot Spots em Vila Nova de Poiares, onde se faz as grandes nights. Na discoteca, era noite "zero". Pagavam se 40 cêntimos por uma vodka preta, vodka normal ou licor Beirão. Uma pessoa que venha da cidade pensa que isto só pode ser uma brincadeira. Pagamos aos 5 e aos 6 euros por uma destas bebidas e em Vila Nova de Poiares paga-se 40 cêntimos. Surreal. E o Zé Tretas quase quase a actuar. 

Vi neste fim de semana uma marca de gelados que não tinha um único exemplar a um valor superior a 90 centimos, uma daquelas máquinas da garra, para apanhar peluches, que haviam aos pontapés quando eu era miúda e que já não via há uma série de anos e uma máquina de Sega Rally Championship, que nem vou comentar, porque costumava jogar quando tinha aí uns 12, 13 anos. Mordeu me um bicho na mão, e eu acho sinceramente que foi uma aranha, por isso se eu começar a escrever com letras a mais, são as teias a sair-me da palma da mão.

Para acabar, vou vos deixar uma foto para meter inveja a quem gosta destas coisas. Aposto que poucos de vocês sabem onde isto é, porque é verdadeiramente um paraíso perdido, completamente escondido no meio da serra e que é frequentado por apenas algumas pessoas que se decidiram aventurar por uma escadaria muito velhinha que está na berma de uma estrada muito estreitinha, no meio da serra. É um daqueles sítios lindos que existem por Portugal fora que se mantém quase intocados pela mão do Homem, o que faz deles verdadeiros tesouros. Partam à descoberta, para mim não há nada mais bonito do que os nossos rios, as nossas ribeiras e os nossos campos. Nada no mundo substitui isso.
Saudações da Anita

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Recuerdos - A minha escola básica =)

A pedido de várias famílias, hoje vou dedicar o meu post ás várias fases e ás várias pessoas que acompanharam o meu crescimento. Vou recordar sem nomear e dar-vos um gostinho do que vivi. Anos absolutamente sem paralelo.



Na escola básica, encontrei pela primeira vez duas coisas muito importantes: a crítica e a inteligência. Pela primeira vez, fui quotada nas pautas pelo meu desempenho em aula e isso para mim, foi sem dúvida um ponto de viragem na minha vida. Até aí, saber se tinha transitado ou não de ano, era levantar me da minha cadeira, ir até à porta da sala e ler na lista que estava afixada do lado de fora se o meu nome lá estava. Se estivesse, gritava "YESSSS" e voltava-me a sentar para ver os meus colegas a fazer o mesmo ritual.

Agora não, agora a minha inteligência media-se e, para meu espanto, até se media bastante bem. A crítica apareceu pela primeira vez também na escola básica. Até ali nunca ninguém se tinha apercebido que eu era gorda. Muito menos gorda e inteligente. E isso pelos vistos era uma excelente razão para apontarem o dedo. Encontrei o amor, não menos importante. Achava, porque sim, que a primeira vez que sentimos aquilo que eu senti, é imediatamente correspondido pela outra pessoa. Então enviava-lhe cartas de amor, sorria-lhe quando passava por ele e fantasiava que um dia íamos ficar juntos e ter filhos com os seus lindos cabelos loiros descolorados e compridos. Não gostava do miúdo mais giro da escola, gostava de um rapaz normalíssimo, que de bonito (olhando agora com clareza) não tinha nada, mas na altura, com as palas que eu tinha postas, não dava para entender.

Na minha turma tinha todo o tipo de pessoas, tinhamos os riquinhos, os pobrezinhos, os filhos da mãe e os filhos da p*ta. Tal como em todo o lado. Uns eram os fixes, os outros andavam com a corrente e eu andava com a corrente. Havia dias que era a maior, havia dias que chegava à cama e chorava com a cabeça enfiada na almofada. Penso muitas vezes nas respostas que podia ter dado em todo o tipo de situações que tive de enfrentar e adorava que inventassem um portal do tempo para eu poder voltar lá e, além de as aplicar, não cometer os suicídios sociais que cometi, ao vestir-me como vestia e ao cortar o cabelo e pintá-lo de todas as cores do arco-íris.

Fui a Melanie B das Spice Girls, dançava com os meus caracóis todos levantados para me parecer com ela, e fui a namorada do AJ dos BackStreet Boys. Deitava-me na cama de mãos dadas com as minhas amigas e fechavamos os olhos enquanto contávamos as histórias que gostávamos que nos acontecessem se um dia fossemos casadas com eles e tivessemos vidas incríveis nos Estados Unidos, a morar em mansões, vizinhas umas das outras, e a ouvir Spice Girls, Excesso e afins.

Tive professoras incríveis de quem sinto uma falta tremenda, e que me ensinaram duas das coisas a que melhor me saio ainda hoje: português e inglês. A nossa querida directora de turma ensinou-me a falar inglês como falo hoje e foi minha conselheira e amiga durante os cinco anos que tive o prazer de a ter como professora, a de português ensinou-me a sonhar quando a ouvia a ler a Íliada e a Odisseia. Eram as melhores duas horas da semana, quando a aula era na biblioteca e ela nos lia os livros que tínhamos de saber e eu sabia os de cor e salteado, via as imagens na minha cabeça à medida que ela lia e nos testes ouvia a voz dela e lembrava-me dos seus sorrisos e gestos.

Fiz grandes amizades, mas também criei inimizades. Mas não há nada que o tempo não cure, não há feridas que não sarem, nem crianças que não possam ser castigadas e todos nós tivémos o nosso castigo, que foi o de nos separamos depois de todos aqueles anos a crescermos juntos.

E no final disto tudo, sou só eu, ou o boneco da Michelin passou de ser um boneco insuflável para ser uma tartaruga ninja albina?

Saudações da Anita, amanhã há mais ;)

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Garfield, as crianças e a minha infância

Pessoal, acho que encontrei o Garfield. Da vida real!



Feliz dia da criança! Hoje temos desculpa para andar por aí todos pintalgados e sujos, a correr atrás dos nossos miúdos ou dos dos outros e no final do dia sentirmos de novo que era tão bom quando nos levavam para uma mata para fazer jogos sem fronteiras e no final do dia, já cheios de farinha, de água e de todos os tipos de germes existentes, davam nos um lanchinho que incluía um bongo, um bollycao e uma caneta daquelas compridas e maleáveis e que se estragava tipo dois dias depois. Eram os meus dias da criança, na minha altura não davam telemóveis nem ipods. E agora, um facto completamente random aqui no meio de tudo isto. O Dia Mundial da Criança foi proposto pela Federação Democrática das Mulheres e foi comemorado pela primeira vez em 1950.

Sinto muitas saudades da infância que tive e sei que poucas crianças terão hipótese de ter, tendo em conta o quando mudou o Mundo. Eu ficava na rua até ás 23 horas e não havia qualquer perigo. Ia a pé para casa e ninguém me fazia mal. Andava de bicicleta na rua, sem capacete, joelheiras e afins e continuo com as cicatrizes nos joelhos e no cotovelo para mo relembrar. Fazíamos carrinhos com caixas de madeira e empurravamo nos uns aos outros pela rua a baixo, brincávamos às mercearias com areias de diferentes cores e o dinheiro eram as folhas dos arbustos mais verdes, que vinham muitas vezes cheias de bichinhos que permitiamos que vivessem, pousando-os no chão. Não ficavamos horas a ver televisão, mas quando algum de nós fazia anos, juntávamo-nos todos para ver um clássico como a Mary Poppins ou a Branca de Neve, no vídeo de quem tivesse, ou no projector que tínhamos sempre apto no dia de anos da Inês, no quintal da sua casa. Íamos apanhar pinhões e fazíamos banquetes, partilhávamos os sumos, as sandes, os gelados e quando um de nós ficava a contar a jogar às escondidas, corríamos o mais depressa possível e escondíamo-nos em sítios impensáveis, como debaixo de carros, ou dentro do prédio de alguém que nos abria a porta quando tocávamos à campainha. Vestíamo nos muito bem quando era o aniversário de alguém, mas no final do dia já estávamos todos sujos por brincarmos no parque, ouvíamos Onda Choque e Mini Stars, mas também ouvíamos Roberto Carlos, Michael Jackson, Celine Dion e cantávamos, mesmo que fosse em chinomarquês. Jogávamos à bola e havia sempre um de nós que ficava na baliza, jogávamos ao queima, à apanhada, inventávamos jogos quando estávamos cansados de jogar sempre aos mesmos. Brincávamos horas a fio com os nossos berlindes e trocávamos uns com os outros, tanto os berlindes, como os cromos, os autocolantes e os pega monstros que nos saiam nas batatas fritas e nos bollycaos. Fui tão feliz nesses anos e sou ainda mais feliz por ter mantido durante 20 anos algumas dessas pessoas que viveram esta infância comigo. (e que podem, como eu, olhar para as nossas fotos e gozar com o que tínhamos vestido e com a nosa boca sem alguns dentes à frente e os cabelinhos aos caracois ou o chapéu de sempre). Obrigada por tudo isso =)

Saudações da Anita