Desculpem o desleixo neste fim de semana grande, mas em compensação, vou vos falar do que andei a fazer. Quinta e Sexta descrevo em apenas duas palavras: praia e estudar. Faziamos uma horinha de praia de manhã, e passavamos o resto do dia em casa a estudar. Na Sexta à noite, partimos para Vale Diogo. Vale Diogo é ali no distrito de Coimbra, no meio dos montes (tal como eu adoro). Sábado fomos visitar Arganil e eu paguei 2,15€ por uma sandes mista, um galão e um bolo, e como tal, fui feita labrega perguntar ao senhor se ele não se tinha esquecido de registar alguma das coisas. E não tinha. Passeei por zonas lindíssimas, com casas abandonadas a cair de podre, que é coisa que me delicía fotografar e por cascatas e ribeiras.
Não sendo uma amante de praia, apesar de morar a 100 metros dela, fui nessa tarde ao que eu mais adoro: ao rio. Na praia fluvial de Góis, encontrámos uma águinha limpida e bichaçudos (palavra nova) que eram pulgas de água. A água estava um gelo ao entrar, mas depois de habituarmos o corpo, é fantástico ficar só com a cabeça de fora e sentir os peixinhos a mordiscar-nos os dedos dos pés, para depois os deitarmos na relva, que estava cheia de cardos e que nos fez andar aos 4 aos saltinhos feitos malucos. Havia animação, miúdos a atirarem-se das árvores para a água e putos a berrar. O costume.
À noite fomos ao bowling (yay). Chamava-se PESSIDÓNIO e tinha bowling, discoteca e lounge bar, onde ia tocar um senhor chamado (e atenção que esta nome artístico é FANTÁSTICO)...ZÉTRETAS...claro que não ficámos para ver o zé tretas, mas jogámos um bowlingzito e os gajos foram jogar um Pro Evolution Soccer com joystick numa máquina ligada à televisão, onde pagavam 2 Euros por uma hora de jogo. Fantástico. E este é um dos Hot Spots em Vila Nova de Poiares, onde se faz as grandes nights. Na discoteca, era noite "zero". Pagavam se 40 cêntimos por uma vodka preta, vodka normal ou licor Beirão. Uma pessoa que venha da cidade pensa que isto só pode ser uma brincadeira. Pagamos aos 5 e aos 6 euros por uma destas bebidas e em Vila Nova de Poiares paga-se 40 cêntimos. Surreal. E o Zé Tretas quase quase a actuar.
Vi neste fim de semana uma marca de gelados que não tinha um único exemplar a um valor superior a 90 centimos, uma daquelas máquinas da garra, para apanhar peluches, que haviam aos pontapés quando eu era miúda e que já não via há uma série de anos e uma máquina de Sega Rally Championship, que nem vou comentar, porque costumava jogar quando tinha aí uns 12, 13 anos. Mordeu me um bicho na mão, e eu acho sinceramente que foi uma aranha, por isso se eu começar a escrever com letras a mais, são as teias a sair-me da palma da mão.
Para acabar, vou vos deixar uma foto para meter inveja a quem gosta destas coisas. Aposto que poucos de vocês sabem onde isto é, porque é verdadeiramente um paraíso perdido, completamente escondido no meio da serra e que é frequentado por apenas algumas pessoas que se decidiram aventurar por uma escadaria muito velhinha que está na berma de uma estrada muito estreitinha, no meio da serra. É um daqueles sítios lindos que existem por Portugal fora que se mantém quase intocados pela mão do Homem, o que faz deles verdadeiros tesouros. Partam à descoberta, para mim não há nada mais bonito do que os nossos rios, as nossas ribeiras e os nossos campos. Nada no mundo substitui isso.
Saudações da Anita
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